Sem duvida é de fundamenta importância que o professor fique atento ao comportamento dos alunos,afinal a interação não se da somente na questão dos conteúdos,mas na complexa realidade da sala de aula.Claro que não podemos realizar todas as funções que a demanda exige,no entanto o nosso “olhar”,o nosso modo de ver o aluno deve estar bem mais atento pois,assim fazendo estaremos prevenindo problemas futuros.
EEFM PROF.MÁRIO SCHENBERG
COORDENAÇÃO DE ENSINO
CLIDENOR VASCONCELOS
Quietinho ou solitário?
Por trás daquele comportamento impecável de aluno que não abre a boca e nunca se metem em confusão, pode existir uma criança solitária. Ampará-la é mais fácil - e importante! - do que você imagina
Raquel Ribeiro
Vai haver um jogo e duas crianças começam a escolher seus times. "Quero Pedro.Vem, Carol!", e assim a garotada forma as equipes. No final, sobram dois ou três que ninguém quer e que ficam na reserva. Em toda escola há turmas assim. Mas às vezes, antes que o grupo ponha de lado alguns colegas, eles mesmos se isolam. Aluno que sempre lancha sozinho, se recusa a fazer trabalho em grupo, fala pouco e não participa das aulas dá sinais de que precisa de ajuda. A razão do isolamento pode estar na incapacidade de trocar, e o professor tem meios de intervir.
As causas da solidão podem ser transitórias, como a separação dos pais, a chegada de um irmão ou a morte de alguém querido. Os motivos estão também na própria escola. Por vezes, eles se referem à aprendizagem: a criança tem dificuldade em aprender ou é muito inteligente e não consegue se interessar pelas atividades ou pelos colegas.
João* é um dos melhores alunos do Colégio Assunção, em São Paulo, mas não se relaciona com os colegas: prefere fazer sozinho trabalhos que os outros fazem em grupo e não participa das brincadeiras da turma. "Ele está centrado demais nos próprios desejos. Integrar-se implica ceder, se doar, e isso ele não sabe fazer", explica a coordenadora Adília Torres Cristófaro.
Algumas crianças mais introvertidas, geralmente dotadas de talentos artísticos, têm muita dificuldade de se enturmar. O isolamento é uma decisão pensada. "Esses alunos também merecem atenção especial e devem ter seus interesses respeitados", diz Inês Ribeiro, psicanalista do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro. Há ainda os que se isolam para se proteger, porque não conseguem acompanhar o desempenho da turma, e os que se afastam porque são hostilizados pelos demais. É comum, em situações desse tipo, o estudante criar amigos imaginários. Se o mundo real não oferece possibilidades de relacionamento, ele prefere a fantasia.
Como ajudar seu aluno a se entrosar
Isolamento social e tristeza podem ser sinais de depressão, de acordo com a psicóloga Miriam Cruvinel, de Campinas (SP). Autora de uma tese sobre depressão infantil e rendimento escolar, ela aponta outros sinais do distúrbio: dificuldade de expressão, sentimento de culpa e de rejeição, falta de motivação, sonolência, irritabilidade e pessimismo — a criança tem pensamentos negativos do tipo "não sou boa em nada". Em casos como esses, é fundamental sua aproximação. Por isso, tente motivá-la e elogiá-la. Lembre-se: todos precisam de amor e compreensão.
Há uma comprovada relação entre depressão infantil e falta de amizade — e essa pode ser uma ótima bússola para você identificar o que acontece com o aluno. Jussara Tortella, professora da Universidade São Francisco, em Bragança Paulista (SP), escreveu uma tese de doutorado sobre a amizade e sugere que o educador incentive a turma a acolher o colega solitário. Outro caminho é explorar o talento do estudante em aulas de teatro e oficinas de arte, na produção de um jornal ou em pesquisas de laboratório. A atividade servirá de ponte para aproximação com o grupo. Assim fez Adília, do Colégio Assunção, para resolver o caso do aluno João. Com a ajuda da professora, ela começou a aproximar o garoto dos colegas que tinham os mesmos interesses que ele.
A postura do professor diante dos que são rejeitados ou ignorados pelo grupo é decisiva. "Muito quietos, os alunos negligenciados não dão trabalho ao professor, que pode pensar: 'Se todos fossem assim, que bom seria!' Só que eles precisam de apoio!", ressalta Jussara. Segundo a pesquisadora, a resposta mais comum da criança diante da pergunta "quando você se sente solitário?" é "quando não tenho um amigo".
A troca de informações com os pais do aluno é outro ponto importante, até para você saber se ele se comporta do mesmo modo fora da escola. Nem sempre o professor consegue dar conta do recado e o encaminhamento a um terapeuta é necessário. Mesmo assim, seu papel é crucial: perceber que ele precisa de cuidado já ajuda muito. "No início é mais fácil resolver o problema. Com o tempo, os estragos na auto-imagem são maiores", diz Miriam Cruvinel.
Vale lembrar que nem todo tímido desenvolve depressão e nem toda separação ou perda leva à tristeza profunda. Além disso, uma criança solitária não terá necessariamente o mesmo comportamento pelo resto de sua vida. O artista Leonardo da Vinci foi uma criança solitária. O físico Albert Einstein e o cineasta François Truffaut também! "Com certeza, o olhar do adulto e o apoio que a criança recebe são determinantes para sua felicidade", afirma Adília.
* O nome foi trocado para preservar a identidade da criança
Atividades que fortalecem o grupo
Veja alguns caminhos sugeridos por Jussara Tortella para auxiliar o aluno a se entrosar.
■ Explorar com o grupo atividades de expressão artística. Desenhos, teatro e brincadeiras permitem criar personagens e colocar para fora medos, angústias e tristezas.
■ Montar com a turma um caderno cheio de desenhos para presentear os aniversariantes da sala de aula.
■ Elaborar perguntas que levem a garotada a falar das emoções. Sugestões: como você reage quando um amigo perde a calma e fica agressivo? Como você se sente quando briga com um amigo? Você consegue falar de seus sentimentos para outras pessoas? Para quem você contaria um segredo?
■ Propor atividades divertidas, recreativas ou pedagógicas, em que os alunos precisem se ajudar, se tocar e trocar idéias. Por exemplo: assista com a turma ao filme Toy Story 1. Discuta o tema amizade e toque a música Amigo Estou Aqui, que faz parte da trilha sonora. Os alunos caminham enquanto escutam a música. Quando você abaixar o som, eles devem cumprimentar um colega. A música começa de novo e, quando pára, eles cumprimentam outro com um gesto diferente.
Professor(a), agora é sua vez.
Data: 16/06/2011
Assunto: EDUCAÇAO CONTINUADA
É necessário que grupo escolar,tente descobrir as causas desse isolamento .E educador pode desenvolver e interagir este aluno atividades em grupo e dinamicas,para que suas ideias possam expressadas.
Data: 01/06/2011
Assunto: Quietinho ou solitário
O aluno sempre deve ser um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, concordo com texto, sempre elaborar estrategias para tentar otimizar as relações dos alunos em sala de aula com atividades em grupos para uma maior socialização...
Data: 01/06/2011
Assunto: Educação continuada
Dizer que Professores são Psicólogos não é nenhum exagero nos dias de hoje. Temos um papel importantíssimo na formação do caráter dos indivíduos e assim não podemos jamais excluir nenhum aluno. Muitas vezes por traz de um aluno tímido e calado existe uma jóia rara que precisa ser lapidada e em sala de aula o brilho dessa jóia depende de nosso esforço e dedicação.
E você professor(a) o que acha do texto acima?
Data: 01/06/2011
Assunto: Re:Educação continuada
Concordo plenamente com o que é abordado no texto e entendo que as sugestões para fortalecer o trabalho em grupo são coerentes. O aluno que permanece isolado em sala pode estar sofrendo bullying, pode achar que não inteligente o suficiente para participar,tem medo da reação dos colegas ou do próprio professor ou está passando por algum problema pessoal. É importante que o professor estimule o trabalho em equipe e valorize a opinião de cada aluno. Infelizmente, um trabalho mais específico com cada aluno torna-se inviável por causa de turmas numerosas e excesso de trabalho que é de responsabilidade do professor.